Sextou? Cerveja gelada pode não ser a melhor opção para enfrentar a onda de calor

Sexta-feira e esse calorão pedem uma coisa: aquela cerveja suada. Seja no happy hour ou no cooler da família na praia, a bebida está muito presente na cultura e no cardápio dos brasileiros. O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) estima que, nesse ano, a produção cervejeira seja de 16,1 bilhões de litros, uma média de quase 80 litros por pessoa. Com o verão batendo à nossa porta, e com a recente onda de calor que aflige a maioria do Brasil, as fábricas devem produzir mais de 1 bilhão de litros por mês. Mas será que a “loira” é a melhor pedida para refrescar o corpo?

Infelizmente, não. Em termos de hidratação, o álcool tem o efeito inverso, é um diurético, uma substância que promove a liberação e perda de líquidos em nosso corpo. Ao ingerirmos qualquer tipo de bebida alcoólica, a nossa produção de vasopressina, hormônio antidiurético e responsável pela reabsorção de água no organismo, é diminuída.

“Por isso o aumento da diurese [secreção de urina] após consumo de álcool. E isto explica também a ‘ressaca alcoólica’ do dia seguinte, puramente, desidratação. Em dias de calor este processo de desidratação, piora, aumentado os sintomas”, explica o clínico geral e líder do pronto-atendimento do Hospital Sírio-Libanês, Luis Fernando Penna.