Na última sexta-feira (5), o Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região e o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul lançaram o 1º Torneio de Futebol dos Jovens das Comunidades Indígenas – 2022. A iniciativa inédita faz parte do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, que tem como objetivo incentivar a permanência na escola por meio do esporte e combater a exploração da mão-de-obra infantil.
O gestor regional do Programa, desembargador João de Deus, agradeceu a presença dos parceiros do projeto e disse que o 1º Torneio de Futebol dos Jovens das Comunidades Indígenas -2022 é uma semente. “Até agora, estamos realizando apenas com os recursos destinados do MPT e do Programa de Combate ao Trabalho Infantil. Mas eu já visitei cinco empresas, apresentando esse projeto, para que em 2023 ele seja tão exitoso quanto este torneio que será realizado agora”.
O coordenador dos Assuntos Indígenas de Campo Grande, Nerio Kadosh, lembrou de quando foram realizados os Jogos Abertos, com a participação de mais de mil atletas e que foi motivo de muita alegria para a comunidade. “E agora, este torneio será o primeiro de muitos que virão; e que outros somem a essa causa”, concluiu.
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, pontuou a relevância do esporte como forma de trazer oportunidades e transformação na vida dos jovens. “Nós acreditamos muito na inclusão e na educação, e através de iniciativas como essa nós vamos trazer para os nossos jovens de 16 a 20 anos, não só a oportunidade de estar participando, mas também a oportunidade de transformação das suas vidas”, ressaltou.
Segundo a juíza Déa Yule, também gestora regional do Programa, a consciência social que é despertada pelo esporte coletivo faz com que os jovens indígenas tracem o seu caminho profissional e retornem à aldeia para colocar o seu conhecimento a serviço da comunidade. ”O programa da Justiça do Trabalho busca, assim, nesse Tribunal Regional e com esse projeto, gerar um bem estar físico, mental e social a esses jovens e adolescentes, além de aproximá-los dos estudos e da aprendizagem”, observou.
Para a Procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho, Cândice Gabriela Arosio, ver a iniciativa do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo a Aprendizagem agregando a população indígena de Mato Grosso do Sul é um alento nos tempos de hoje. “Esses jovens indígenas precisam estar integrados também nessas experiências esportivas que o futebol certamente vai proporcionar”, explicou.
1º Torneio
O 1º Torneio de Futebol dos Jovens das Comunidades Indígenas -2022 terá a participação de oito times de comunidades indígenas dos municípios de Campo Grande, Caarapó, Dourados, Amambai, Miranda, Aquidauana/Taunay, Sidrolândia/Dois Irmãos do Buriti.
Serão 160 atletas de 16 a 20 anos, que ficarão hospedados em um hotel em Campo Grande, durante o torneio, que será realizado nos dias 19, 20 e 21 de agosto, no Estádio Jacques da Luz, na Moreninha II, com entrada gratuita à população. Os vencedores ganharão troféus.
Equipes de Miranda e Aquidauana recebem bolas para torneio de futebol
Os atletas de Miranda e Aquidauana receberam na última terça-feira (9), materiais esportivos para ajudar no treinamento para o 1º Torneio de Futebol dos Jovens das Comunidades Indígenas, promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região e pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul. A competição vai reunir oito times dos municípios de Campo Grande, Caarapó, Dourados, Amambai, Miranda, Aquidauana/Taunay, Sidrolândia/Dois Irmãos do Buriti, nos dias 20 e 21 de agosto, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande.
Todas as equipes ganharam dez bolas, dois jogos de coletes, duas redes, cones e camisetas. Nesta semana, os materiais esportivos foram entregues pelo desembargador João de Deus, gestor regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem. “Esperamos que vocês possam se inspirar e ser grandes profissionais, não só no futebol, mas na carreira que escolherem”, afirmou o magistrado que explica que o objetivo do torneio é incentivar a educação por meio da prática do esporte.
Para participar da competição, os jovens precisam estar matriculados na escola e ter boas notas. Vitor Hugo Pedro da Silva é um dos jogadores do time de Miranda, da Aldeia Cachoeirinha. O jovem de 17 anos disse que os treinos ocorrem cinco vezes por semana. “Estamos treinando muito. Eu confio que nós vamos ganhar, o time está bom!”
O cacique da Aldeia Bananal, em Terenos, agradeceu a oportunidade dos atletas participarem da competição, que reunirá três etnias, e conhecerem outros jovens de comunidades indígenas. O torneio reunirá 160 atletas de 16 a 20 anos.
Serviço
No sábado (20), os jogos eliminatórios serão realizados às 8h, 10h, 13h30 e 15h30. No domingo (21), as semifinais serão pela manhã, às 8h e 10h, e a final às 15h30. O estádio Jacques da Luz fica na rua Barreiras, s/n – Moreninha II. A entrada é de graça.
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