O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse que não está preocupado com a homologação do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do expresidente Jair Bolsonaro. O político fez a declaração nesta segundafeira, 11. “Isso é efeito bumerangue, é o que vai acontecer com quem está exagerando”, disse Valdemar, em informação veiculada pela Folha de S.Paulo. “Isso vai se voltar contra o Poder Judiciário.”
Em relação à inelegibilidade de Bolsonaro, definida em junho último pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Valdemar demonstrou indignação. Ele considera as decisões do órgão como “brincadeiras que passaram dos limites”. “O que o Judiciário fez com ele não tem como ficar bem”, afirmou Valdemar. “É só uma pessoa cega que não enxerga. Passaram dos limites com essas brincadeiras. Dar multa de R$ 22,9 milhões. Essas brincadeiras… Marcar a data do julgamento no dia 22. Isso vai ter troco, porque é a vida.
Sem citar nomes dos ministros, Valdemar referiu-se à decisão que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, sob a acusação de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores, realizada em julho de 2022.
Quando impôs a multa de R$ 22,9 milhões, o ministro Alexandre de Moraes alegou que o PL não deu explicações para justificar o pedido de verificação extraordinária das urnas eletrônicas usadas no segundo turno das eleições de 2022. Na época, o partido alegou que poderia haveria a possibilidade de fraude. O magistrado, no entanto, considerou o pedido do partido como litigância de má-fé.
Fonte: Revista Oeste
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