As circunstâncias sobre a morte de Dilemar Cardoso Carlos da Silva, conhecida como Djidja e ex-sinhazinha do Boi Garantido, ainda é um mistério. A empresária foi encontrada morta na casa onde morava em Manaus, na última terça-feira (28), aos 32 anos. Nesta quinta-feira (30), a mãe e o irmão da influenciadora foram presos suspeitos de associação para o tráfico e venda de drogas, além de estupro.
Como a ex-sinhazinha do Boi Garantido morreu?
A causa da morte de Djidja ainda não foi revelada. Nas redes sociais, familiares afirmam que estavam tentando contato com a influenciadora por telefone e não conseguiram, então resolveram ir à casa dela. A empresária foi encontrada sobre a cama, já sem vida.
Cleomar Cardoso, tia de Djidja, acusou a mãe e os funcionários do salão no qual a influenciadora era dona de negar socorro à vítima e incentivar o suposto vício em drogas. “A Djidja morreu por omissão de socorro por parte da mãe dela e da turma do Belle Femme de Manaus. A casa dela na cidade nova se tornou uma Cracolândia. Toda vez que tentávamos internar a Djidja, éramos impedidos pela mãe e pela quadrilha de alguns funcionários que fazem parte do esquema deles. A mãe dela sempre dizia para nós não interferirmos na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, ficamos de mãos atadas. E está do mesmo jeito lá, todos se drogando na casa dela”, diz um trecho da publicação no Facebook de Cleomar.
Em uma nota conjunta o salão Belle Femme, a mãe e o irmão de Djidja afirmam que estão tendo que lidar com “notícias falsas e polêmicas quanto à causa da morte”. O texto é finalizado dizendo que “toda e qualquer circunstância que envolve seu falecimento será esclarecida perante as autoridades.”
Prisão da família e funcionários
Nesta quinta, a Polícia Civil prendeu a mãe Cleusimar Cardoso, o irmão Ademar Cardoso e outros três funcionários do salão de Djidja. A polícia conseguiu abordar a mãe, o irmão e a gerente Verônica da Costa dentro de um carro tentando fugir, por volta das 16h, e os três foram presos juntos.
Com eles, a polícia apreendeu medicamentos controlados e remédios veterinários, que são utilizados para sedar animais de grande porte.
O Tribunal de Justiça amazonense também expediu mandados contra Claudilene Santos da Silva, maquiadora, Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro, e Verônica da Costa Seixas, gerente do salão.
Todos são suspeitos de associação para o tráfico de drogas e venda de drogas, além de estupro, no caso do irmão Ademar Cardoso.
A advogada da mãe e irmão de Djidja Cardoso disse que os dois “são doentes”. A declaração foi dada em frente da delegacia onde os dois estão presos por suspeita de envolvimento na morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido.
Lidiane Roque, que assumiu a defesa dos suspeitos, afirma que a linha de defesa será atestar a incapacidade mental dos familiares de Djidja, pelo fato de serem usuários de alguns tipos de drogas
Depoimentos
Em depoimento à polícia, uma ex-namorada de Ademar Cardoso, irmão de Djidja, relatou já ter utilizado ketamina e potenay, medicamentos veterinários, junto com ele e com a mãe dele, Cleusemar Cardoso, também mãe da ex-sinhazinha do Boi Garantido.
Ela também afirmou que, em algumas ocasiões, chegou a ser abusada sexualmente por Ademar durante o uso das drogas.
Em outro depoimento, a atual namorada de Ademar disse aos agentes que também fez uso dos medicamentos. Essa, segundo o relato, era uma exigência de Cleusemar, mãe de Ademar e Djidja, para que aceitasse a frequência da namorada do gfilho em sua casa. A prática funcionava como uma forma de “purificação”.
Ela acrescenta que começou a sofrer de infecções urinárias frequentes, possivelmente por causa do uso das drogas. Em uma das ocasiões, Ademar levou ketamina para que ela aplicasse enquanto estava internada em um hospital de Manaus.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de Djidja, mas não revelou detalhes. “No momento, a causa da morte ainda não foi determinada e só poderá ser confirmada após a realização do exame necroscópico. As investigações em torno do caso estão em andamento, e, por isso, mais informações não podem ser divulgadas”, informou.
Fonte: O Dia
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