O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou perfil nas redes sociais para explicar a fala sobre a criação de uma frente com estados das regiões Sul e Sudeste com objetivo de ter vantagens em votações na Câmara dos Deputados.
Zema sugeriu que houve distorção do que foi dito e que o objetivo da frente “não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços”.
Veja abaixo o que disse o governador.
Neste fim de semana, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Romeu Zema falou sobre o protagonismo do Sul e do Sudeste e comparou o Brasil a um “produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito“, referindo-se aos estados da Região Nordeste.
A fala repercutiu entre político. O Consórcio Nordeste, grupo que reúne governadores da região, emitiu nota criticando a postura do governador mineiro.
“Negando qualquer tipo de lampejo separatista, o Consórcio Nordeste imediatamente anuncia em seu slogan que é uma expressão de “O Brasil que cresce unido”. Enquanto Norte e Nordeste apostam no fortalecimento do projeto de um Brasil democrático, inclusivo e, portanto, de união e reconstrução, a referida entrevista parece aprofundar a lógica de um país subalterno, dividido e desigual”.
>Houve também quem defendeu Zema, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
“A gente nunca achou até hoje que os estados do Norte e do Nordeste haviam se unido contra os demais estados do país. Pelo contrário, a união desses estados em torno da pauta que é de interesse comum deles serviu de inspiração para que a gente possa, finalmente, fazer o mesmo. Não tem nada a ver com frente de estados contra estados ou região contra região. Trata-se de nós nos unirmos em torno do que é pauta comum e importante para os estados do Sul e do Sudeste”, disse Leite.
Créditos: Diário do Poder
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