O ex-prefeito de Salvador-BA e secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, reforçou o sentimento dos governadores do Nordeste quanto às declarações consideradas preconceituosas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que, em entrevista ao Estadão, comparou os estados da região Nordeste a “vaquinhas que dão pouco leite”. A avaliação geral é que a fala de Zema soou preconceituosa e suscitou ideias separatistas. Para ACM Neto, o governador mineiro “derrapou” mais uma vez.
“Eu já havia feito essa observação ao governador Zema, sobre um determinado discurso, que eu tinha lido pela imprensa. Ele tinha feito algum tipo de declaração que ficou essa dúvida, se ele, de fato, estava tendo uma postura de preconceito com o Nordeste. E, agora, mais uma vez, ele fala de uma aliança do Sul e Sudeste contra o Nordeste. Eu acho que ele derrapou feio com essa declaração. A gente precisa de união no país”, ponderou.
Sobre a sucessão de 2026, ACM Neto disse que, com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, surge a necessidade de se construir um novo cenário político no Brasil e nos estados. De acordo com o político baiano, novos nomes vão sendo colocados, novos protagonistas vão surgindo e uma nova configuração será desenhada na política brasileira.
“Embora tenha sido extremamente infeliz nas suas declarações, Zema é um nome que se especula para a sucessão presidencial, assim como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Paraná, Ratinho Júnior. É claro que, sem dúvida, essa derrapada do Zema acaba o atrapalhando um pouco, o que não quer dizer que ele não possa se reorganizar, mas ele precisa ajustar não só o discurso, mas, sobretudo, as ideias dele sobre o Nordeste”, avalia.
Para Neto, o União Brasil tem hoje um dos nomes mais fortes para a disputa, que com certeza estará no centro das discussões com vistas à sucessão do presidente Lula, em 2026.
“Agora, nós temos, dentro do União Brasil, um grande quadro, que eu acho que vai entrar nesse processo, que vai participar dessas discussões, que é o governador de Goiás, Ronald
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