Brasil participa de exercício para aprimorar respostas a cinzas vulcânicas no transporte aéreo

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo coordenou, de 2 a 6 de dezembro, a participação brasileira no Exercício VOLCEX 24/01. O objetivo do treinamento foi preparar profissionais de serviços de navegação aérea para lidar com os impactos das cinzas vulcânicas no transporte aéreo, conforme as orientações da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).

As cinzas vulcânicas, que podem alcançar grandes altitudes e se espalhar por milhares de quilômetros, representam grave risco à aviação. Afetam motores de aeronaves, comprometem sistemas de navegação e geram atrasos ou cancelamentos de voos. Diante desses desafios, o VOLCEX viabilizou que os 13 Estados participantes da América do Sul avaliassem seus procedimentos e aprimorassem suas respostas.

Durante as 12 horas de simulação, foram criados cenários envolvendo a erupção de três vulcões: dois na área de responsabilidade do Centro de Avisos de Cinzas Vulcânicas de Buenos Aires e um na área do Centro de Washington. Esses centros, também conhecidos como VAAC (Volcanic Ash Advisory Center), monitoram a atividade vulcânica e emitem alertas sobre a dispersão das cinzas.

O chefe da Seção de Coordenação e Controle de Meteorologia Aeronáutica do DECEA, Capitão Especialista Fabricio Magalhães Cordeiro, explicou que o exercício integra órgãos de todo o continente: “Os observatórios vulcânicos emitem mensagens que são analisadas pelos VAAC. Em seguida, essas informações são repassadas ao CIMAER, que elabora avisos aeronáuticos e os distribui a operadores aéreos e controladores de tráfego aéreo. Além disso, mensagens NOTAM são emitidas para informar eventuais restrições.

A participação brasileira mobilizou também unidades subordinadas ao DECEA, como o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), os CINDACTA, o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), além do já mencionado Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica (CIMAER).

Para o DECEA, o resultado esperado é a melhoria contínua nos tempos de resposta e a identificação de práticas que possam ser sugeridas à OACI para aperfeiçoar os protocolos globais.

O treinamento é fundamental para garantir a segurança das operações aéreas. Nossa expectativa é não apenas avaliar nossas práticas, mas também propor melhorias que beneficiem o sistema como um todo,” destacou o capitão Fabrício.

Fonte: Aeroin