A embaixada do Brasil em Quito confirmou hoje (10) que um brasileiro foi sequestrado em Guayaquil em meio à onda de violência que assola o Equador. Thiago Allan Freitas, 38 anos, que é dono de uma churrascaria, tinha ido a uma concessionária de carros ontem (9) quando foi levado por bandidos. Logo em seguida, os filhos do brasileiro receberam uma ligação de vídeo do telefone do próprio pai em que ele aparecia com os olhos vendados e os bandidos pediam uma recompensa para liberá-lo.
Inicialmente, os ladrões pediram US$ 8.000 (cerca de R$ 40 mil). Depois, reduziram o valor para US$ 4 mil (R$ 20 mil). A família enviou apenas US$ 1.200 (R$ 6.000), o que não teria satisfeito os criminosos, que o mantiveram preso. Segundo Afonso Neri, encarregado de negócios da Embaixada, os sequestradores aproveitaram a onda de terror no Equador para raptar o brasileiro, mas não pertencem a facções de narcotraficantes que têm espalhado violência no país.
O Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha a situação com atenção e que investiga o caso junto às autoridades equatorianas.
Crise de segurança no Equador
Por causa de uma crise de segurança o presidente do país, Daniel Noboa, tomou duas medidas severas de segurança:
- Decretou estado de exceção.
- Colocou o país em um regime de conflito armado interno.
Os problemas recentes começaram com motins em prisões. Houve fuga de criminosos de grandes facções do país, ataques a delegacias e sequestro de policiais. Em reação, Noboa decretou o estado de exceção. Ontem (9), homens armados invadiram um estúdio de TV e transmitiram a ação ao vivo. Foi depois disso que o presidente Noboa baixou o decreto determinando que o país vive um conflito armado interno.
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