BBC Brasil – Vídeos de confrontos entre a polícia e moradores que foram forçados a deixar suas casas em Xangai, na China, viralizaram após a terceira semana de confinamento obrigatório de milhões de pessoas que vivem na cidade, enquanto o governo local luta contra um surto do novo coronavírus.
Quem testa positivo é colocado imediatamente em quarentena. Mas, com mais de 20 mil novos casos por dia, as autoridades estão lutando para encontrar espaço suficiente para o confinamento.
Nas últimas semanas, a cidade converteu salas de exposições e escolas em centros de quarentena e montou hospitais improvisados. Alguns conjuntos residenciais inteiros também foram transformados em locais para confinamento.
Mas, com um índice baixo de casos graves da covid-19, muitos começam a se perguntar se um bloqueio tão radical é mesmo necessário, segundo os correspondentes da BBC na China.
Nas últimas semanas, muitos moradores foram às redes sociais para reclamar das restrições e da falta de alimentos.
As pessoas têm que pedir comida e água e esperar que o governo deixe os vegetais, carne e ovos em suas portas, e analistas dizem que muitos estão ficando sem suprimentos.
A extensão do bloqueio sobrecarregou os serviços de entrega, sites de mercearias e até a distribuição de suprimentos do governo.
Segundo o correspondente da BBC News em Xangai Robin Brant, após três semanas de confinamento, as pessoas estão com raiva.
A operação encabeçada pelo governo que retirou muitos de suas casas para transformar apartamentos em centros de quarentena foi a gota d’água para alguns chineses, relata ele.
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