O Brasil passou a observar, nas últimas semanas, uma nova estratégia para furar a fila da vacinação contra a covid-19. No momento em que Estados e municípios brasileiros começaram finalmente a imunizar as pessoas com comorbidades (que podem agravar o quadro de quem contrai o coronavírus), muitos médicos relatam uma corrida por atestados que provem a existência de uma das enfermidades —como hipertensão, diabetes ou insuficiência cardíaca, por exemplo― mesmo entre pessoas completamente saudáveis. “Acordei no último sábado e havia três mensagens de pessoas que conheço. Uma delas queria cinco receitas, para ela, para os irmãos e as cunhadas. E ainda teve a capacidade de mandar a foto de uma receita com o medicamento que ela queria”, conta ao El País a clínica geral J. K, que atende em consultório particular em São Paulo. “Eu fiquei muito brava e nem respondi. Eu não fiz nem para meus irmãos, que acham errado e então esperando na fila a vez deles”, disse.
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