Covid-19: Governo de Goiás divulga mapa com regiões críticas e padroniza medidas

Em reunião realizada por videoconferência nesta quarta-feira (17), o governador Ronaldo Caiado e o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, apresentaram um mapa de calor, que aponta em quais regiões a incidência da Covid-19 está mais elevada. A situação epidemiológica será atualizada semanalmente no site da pasta. O debate sobre o agravamento da pandemia em Goiás contou com a participação de prefeitos de todas as regiões do Estado, representantes de entidades, dos poderes Legislativo e Judiciário e do Fórum Empresarial.

“O momento é grave, não é de omissão, nem de se acovardar”, afirmou Caiado, durante a reunião online. “É afrontoso ver, neste momento, pessoas morrendo e outras festejando como se não houvesse nada, como se não ampliassem a disseminação [do coronavírus]”, destacou, ao se referir à realização de festas clandestinas durante o feriado de Carnaval.

O governador também foi enfático ao falar sobre o estresse mental dos profissionais que lidam diretamente com a doença, sobre as campanhas de conscientização e também a respeito da imunização no Estado. “Temos outra interrogação: pessoas que tomaram a primeira dose e não estão voltando para tomar a segunda. Essa política tem que ser feita em cada município pelo agente comunitário de saúde, nas rádios, convidando essas pessoas”, sugeriu.

“Isto é de uma irresponsabilidade, nós estaríamos jogando fora todo o esforço que fizemos para não sobrecarregar a estrutura hospitalar no nosso Estado”, complementou o governador, ao cobrar posturas mais contundentes dos líderes municipais.

O procurador-geral da Justiça, Aylton Vechi, validou a liderança do Governo de Goiás para a execução de ações coordenadas. “O norte está sendo dado pelo Estado. Não podemos atuar com ações isoladas e individuais”, sustentou. Ele ainda se manifestou duramente contra os gestores que permitem a vacinação de pessoas que não integram a lista de prioridade do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde (MS). “Quando isso não acontece, infelizmente sobra para o Ministério Público a apuração desses casos, emblemáticos”, e completou: “Quem está à frente de algum cargo tem a responsabilidade de dar o devido tratamento para esta questão.”

Na mesma linha foram as pontuações do chefe da Procuradoria da República em Goiás, Ailton Benedito de Souza. “Os protocolos precisam ser cumpridos. Se não forem, fiscalização e punições são necessárias para garantir a eficiência e a eficácia das medidas estabelecidas pelas autoridades”, assinalou o representante do Ministério Público Federal.