Flávio Dino quer investigar polícia de São Paulo por ter sido “agressiva” na caçada a bandido que matou PM

O ministro da Justiça e Segurança e Pública, Flávio Dino, disse, em entrevista coletiva, na tarde de hoje (31), que as mortes em São Paulo devem ser investigadas. Para ele, os uniformes policiais são fundamentais para que ações como a do fim de semana no Guarujá, litoral de São Paulo, sejam esclarecidas — na ocasião, oito pessoas acabaram assasssinadas.

“Hoje, surgiram com mais força essas denúncias. Claro que a ouvidoria do estado de São Paulo e o Ministério Público de São Paulo irão requisitar inclusive as imagens das câmeras. Porque houve essa decisão no governo passado, de implantar nos uniformes lá em São Paulo e, com certeza, as imagens das câmeras [dos uniformes policiais] vão conseguir demonstrar se houve aquilo que o governo do estado tem informado, ou seja, reação a ataques, ou se houve de fato descumprimento da lei”, afirmou Dino.

“Neste momento, o fundamental é garantir que haja essa investigação independente no estado de São Paulo, e não tenho dúvida que as imagens das cameras são fundamentais para esclarecimento do fato. Essa providência, com certeza, as autoridades de SP vão tomar, e nós, do governo federal, estamos acompanhando. Não podemos, no momento, fazer nenhum tipo de intervenção no estado, ou qualquer tipo de presunção “, completou o ministro.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou, hoje, como “narrativa” a denúncia da Ouvidoria das Polícias de São Paulo de que teria havido excessos nas ações policiais do fim de semana no Guarujá, litoral de São Paulo, como resposta à morte do soldado Patrick Bastos Reis, 30 anos, na quinta-feira (27).

Em coletiva, Tarcísio confirmou a morte de oito pessoas no município da Baixada Santista, mas negou que tenha havido abusos por parte das forças de segurança.

A morte do PM

O soldado da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis foi baleado durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda. Atingido no tórax, ele não resistiu. Já o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, de 39 anos, foi ferido na mão. Os tiros foram disparados a até 70 metros de distância, segundo a SSP.