Por determinação do Governo Lula, a Missão do Brasil na ONU, orientada pelo Itamaraty, se retirou da Assembleia Geral das Nações Unidas antes do início do discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O ato, caracterizado como um protesto diplomático discreto, foi uma resposta às ações militares de Israel na Faixa de Gaza e no Líbano. A informação foi divulgada pelo portal G1.
Segundo fontes do G1, a comitiva brasileira deixou o plenário de maneira silenciosa, pouco antes de Netanyahu ser chamado ao púlpito. A retirada foi um gesto simbólico de reprovação às políticas de Israel, particularmente em meio ao conflito com o Hamas e o Hezbollah. Durante o discurso, Netanyahu declarou: “não há nenhum lugar no Irã que Israel não possa alcançar”. Sua fala foi marcada por reações polarizadas, com aplausos e vaias, levando o presidente da sessão a solicitar ordem no plenário.
O protesto brasileiro motivou uma saída em massa de outras delegações, em sua maioria de países árabes, que também abandonaram o plenário durante o discurso de Netanyahu. A diplomacia brasileira classificou o ato como uma manifestação leve, mas significativa, contra as ações israelenses na região.
Na véspera, a delegação do Brasil esteve presente no discurso de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). O Brasil é um dos 142 países que reconhecem a Palestina como Estado. Em resposta, Netanyahu afirmou nesta sexta-feira (27) que Israel está vencendo a gu3rra e continuará a combater seus inimigos, como o Irã, até o fim, enquanto busca a paz.
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