Reuters – O governo de Hong Kong bloqueou uma área da península de Kowloon neste sábado (23) após um surto do novo coronavírus, dizendo que 10 mil residentes devem ficar em casa até que sejam testados e os resultados conhecidos.
A primeira medida que a cidade tomou desde o início da pandemia ocorreu nos bairros densamente povoados da Jordan, que abriga muitos apartamentos antigos e subdivididos nos quais o vírus poderia se espalhar mais facilmente.
O governo informou que há 70 prédios na área restrita, que fica próxima ao Centro de Comércio Internacional (ICC), e pretende concluir o processo em cerca de 48 horas, para que as pessoas possam voltar ao trabalho na segunda-feira.
A líder de Hong Kong, Carrie Lam, disse que 50 pontos de teste improvisados foram montados e 3 mil funcionários públicos estavam ajudando.
“Estamos fazendo isso também para dissipar as preocupações dos moradores, porque se falava que esta é uma área epidêmica e que afetava a vida, o psicológico e os negócios das pessoas aqui”, disse Lam em uma coletiva perto da área isolada.
Às 13h00 (horário local) de sábado, o governo disse que cerca de 3 mil pessoas foram testadas na área restrita.
A área restrita teve 162 casos confirmados de covid-19 neste mês, e a proporção de vírus detectados em amostras de esgoto de edifícios foi maior do que em outras áreas.
As autoridades em Hong Kong, uma das cidades mais populosas do mundo, tomaram medidas agressivas para combater a pandemia. Outras restrições atuais incluem a proibição de refeições no local após as 18h e o fechamento de instalações como academias, áreas esportivas, salões de beleza e cinemas.
Hong Kong registrou 81 novos casos de coronavírus neste sábado, elevando o número total para 10.010. Mais de 160 pessoas morreram. No pico do surto na cidade, em julho de 2020, a contagem diária mais alta foi de 149 novas infecções.
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