A cuidadora Aline Santos Joaquim, acusada de se apropriar da residência e do carro de uma idosa de 87 anos, contratou outra mulher para participar do esquema criminoso.
Noélia Maria de Souza passou a residir com a vítima, sob o pretexto de auxiliar nos trabalhos diários durante a pandemia de Covid. A mulher também ficou responsável por administrar os bens da idosa.
Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), Noélia, porém, agia em conluio com a outra cuidadora, dopando a vítima e até a agredindo.
As suspeitas de que a idosa sofreu um esquema de manipulação e abuso financeiro foram levantadas após familiares notarem algumas mudanças no comportamento da vítima e dificuldades para se comunicar com ela.
A investigação apontou que Noélia ministrava medicamentos inadequados, mantendo a vítima sonolenta e fraca, além de impedi-la de sair de casa ou manter contato com terceiros.
A sobrinha da vítima relatou que era impedida de ver a vítima. As visitas eram proibidas, com orientações da criminosa.
O síndico relatou episódios de impedimento de contato e controle da interação social da vítima por parte das golpistas.
O que aconteceu
- Aline foi condenada por crimes como apropriação de bens, exposição a perigo de saúde e estelionato.
- A vítima era medicada com fortes substâncias e acabava ficando desorientada.
- A vítima sofria maus-tratos e abuso financeiro.
- Os familiares perceberam as mudanças de comportamento e denunciaram a cuidadora.
Maus-tratos
Testemunhas afirmaram que Noélia era grosseira com a idosa e que a vítima chegou a ser empurrada. Com muito medo de Noélia, a mulher só revelou a agressão quando a cuidadora não estava mais por perto.
A idosa era medicada com substâncias fortes, que a deixavam desorientada e debilitada, levando até mesmo à necessidade de ser internada. A defesa da acusada alegou que não havia provas suficientes sobre os saques bancários e disse que a cuidadora estava tentando “ajudar” a vítima.
Familiares resgataram a vítima, e ela foi retirada do local onde sofria maus-tratos e levada para morar com outras pessoas. Com o passar do tempo, a idosa conseguiu recuperar sua autonomia e saúde. Ela já faleceu.
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