Quase um ano depois de ser agredida por seis pessoas ao reclamar de uma festa numa casa vizinha no meio da quarentena, no Grajaú, na Zona Norte do Rio, a médica Ticyana D’Azambuja, de 36 anos, disse que começa a ter sensação de que a justiça vai ser feita.
Ela diz que, depois da sua agressão, diminuiu o número de festas e de outros incômodos que os vizinhos queriam denunciar, mas tinham medo.
Esta semana, a 28ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do RJ aceitou a denúncia do Ministério Público (MPRJ) e tornou réus: Rafael Martins Presta; Rafael Del Giudice Ferreira; Rodrigo Lima Pereira; Luis Claudio dos Santos; Luiz Eduardo dos Santos Salgueiro e Ester Mendes de Araujo.
Eles vão responder pelo crime de lesão corporal grave, cometido em circunstâncias agravantes em razão da pandemia, que prevê até cinco anos de prisão.
“Estou esperançosa. Entendo que o andamento demorou por causa da pandemia, mas estou me sentindo no caminho da justiça. Acho que é uma reposta à sociedade”, afirmou.
“Pelo menos minha agressão serviu para alguma coisa”, destacou.
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