Ao contrário de Lula (PT) e de outros aliados do Irã, como o presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeque Mohammed bin Zayed Al Nahyan, o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, algumas autoridades se recusaram a enviar condolências pela morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi, o “açougueiro de Teerã”.
O ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, afirmou na rede social X, antigo Twitter, não se sentir confortável “em enviar condolências enquanto o Irã envia drones que são usados contra civis na Ucrânia”.
Tom Tugendhat, ministro da Segurança do Interior do Reino Unido, afirmou:
“O regime do presidente Raisi assassinou milhares de pessoas no seu país e visou pessoas aqui na Grã-Bretanha e em toda a Europa. Eu não vou ficar de luto por ele.”
Marshall Billingslea, ex-secretário Adjunto do Tesouro para o Financiamento do Terrorismo dos Estados Unidos, criticou uma mensagem de condolências compartilhada por Farah Dakhlallah, porta-voz da Otan.
“Como ex-secretário-geral adjunto da Otan, estou pasmo com este tuíte. Isto é completamente inapropriado em muitos níveis.”
Ao criticar a mensagem de condolências de Josep Borrell Fontelles, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Alireza Akhondi, que é membro do Parlamento da Suécia, disse:
“Deixe-me ser claro, Borrell – não em meu nome. Esta declaração está muito além de qualquer decência e é um tapa na cara dos milhares de vítimas cujo sangue estava nas mãos do ‘açougueiro’. Em todo o Irã, as pessoas celebram a sua morte; deveríamos estar fazendo o mesmo.”
Carreira “pavimentada com cadáveres”
Visto como potencial sucessor do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, teve uma carreira “pavimentada com cadáveres”.
O falecido presidente iraniano foi um dos juízes de um painel itinerante conhecido como “Comitê da Morte”, que levou ao enforcamento secreto de pelo menos 4 mil presos políticos em menos de 3 meses, em 1988.
A morte de Raisi foi celebrada por muitos iranianos, apesar dos cinco dias de luto decretados pelo aiatolá Ali Khamenei.
Fonte: O Antagonista
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