Mudanças climáticas podem aumentar casos de dermatite atópica

A dermatite atópica, também chamada de eczema atópico, é uma condição dermatológica caracterizada pela inflamação da pele. O termo “atópico” tem origem grega e significa “pele que ferve”. Suas causas são variadas e incluem um sistema imunológico desregulado, uma pele extremamente sensível a alérgenos e, na maioria dos casos, uma predisposição genética. Estima-se que uma em cada cinco crianças sejam afetadas pela doença no mundo, segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Dermatite Atópica do Ministério da Saúde.

Dentre as causas que contribuem para o surgimento da condição estão fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Com foco nesse último fator listado, pesquisadores do International Eczema Council publicaram na revista Allergy, uma revisão sobre o impacto que as mudanças climáticas poderão ter sobre os casos de dermatite atópica.

Cássia Gomes, médica especialista em dermatologia, explicou ao Jornal Opção como surgem os primeiros sintomas. “Os sintomas e sinais mudam de acordo com a idade. Crianças têm mais aquela pele mais irritada, vermelha, descamativa, que coça em áreas de dobras. A gente chama de fossa cubital. Sabe quando a gente estende o braço nessa parte, assim, na frente do cotovelo, na parte de trás do joelho? É comum ficar bem atacado, lesões vermelhas, descamativas, que às vezes minam um pouquinho de água, o que a gente chama de sudorífica”.

Fonte: Jornal Opção