Operação Átria reforça combate a crimes contra a mulher

Lançada nesta segunda-feira (27/02), a Operação Átria reúne as polícias Militar, Civil, Técnico-Científica e Penal, entre outros órgãos do Governo de Goiás, para ações de combate aos crimes contra a mulher, em especial, o feminicídio.

Por determinação do governador Ronaldo Caiado, o cumprimento de mandados de prisão de agressores e a fiscalização de medidas protetivas serão intensificados em Goiás.

Coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO), as equipes também devem apurar denúncias, realizar visitas e diligências, instaurar procedimentos e desenvolver campanhas educativas.

Além da morte violenta de mulheres, também estão no foco da Operação Átria os crimes de estupro, lesão corporal, ameaça, assédio sexual, importunação sexual e violência psicológica.

“Um somatório de ações e uma estrutura diferenciada”, resumiu o governador Ronaldo Caiado.

Ele ressaltou que Goiás se prepara para dar à Delegacia da Mulher de Goiânia abrangência estadual e lembrou, como estratégia importante, a criação da chamada “Sala Lilás”, onde é feito o atendimento de mulheres e crianças vítimas de violência sexual.

“É diferenciada para atender mulheres separadamente de onde atendemos os homens no Instituto Médico Legal”, explicou.

Operação Átria

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Renato Brum dos Santos, durante solenidade de lançamento da Operação Átria, afirmou que o trabalho é fruto de parceria com o governo federal e que a violência contra a mulher se trata de um cenário complexo.

“É um crime complexo e silencioso. A gente tem que estimular que essa mulher oprimida possa falar, que ela possa denunciar esses agressores”, disse.

Na Polícia Militar, o Batalhão Maria da Penha ganhará reforço em todas as regionais durante o mês de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher.

Somente na capital, são acompanhadas cerca de 2.500 medidas protetivas. Em 2022, o estado registrou 57 feminicídios, número 5% maior que o registrado em 2021, quando houve 54 casos.

Além das polícias, a operação envolve o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e a Guarda Civil Metropolitana (CGM).