A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, se manifestou contra o mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Hoje (3), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Verine, que investiga uma associação criminosa acusada de inserir dados falsos de vacinação contra Covid-19. A vice-PGR se manifestou contra a realização de buscas e apreensões direcionadas ao ex-presidente e à sua esposa, Michelle Bolsonaro. “Os elementos de informação incorporados aos autos não servem como indícios minimamente consistentes para vincular o ex-presidente da República e sua esposa aos supostos fatos ilícitos descritos na representação da Polícia Federal, quer como coautores quer como partícipes”, argumenta Lindôra.
“Contudo, diversamente do enredo desenhado pela Polícia Federal, o que se extrai é que Mauro Cesar Barbosa Cid teria arquitetado e capitaneado toda a ação criminosa, à revelia, sem o conhecimento e sem a anuência do ex-presidente da República”, continua. Lindôra afirma, ainda, que não há “lastro indiciário mínimo” para sustentar o envolvimento de Bolsonaro à atividade de inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde.
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