Pilotos teriam relatado perda de pressurização anteriormente no avião que perdeu a porta

Informações sobre problemas anteriores no jato Boeing 737 MAX 9 que perdeu a porta em voo começam a surgir. No acidente recente, da sexta-feira, a aeronave perdeu parte da fuselagem minutos após decolar de Portland. O painel que se desprendeu cobria o espaço da porta de emergência, que não era utilizada naquele avião, já que a Alaska não voa com alta densidade de assentos.

O caso foi registrado como acidente pelo NTSB e acabou levando à praticamente suspensão global de voos com o modelo 737 MAX 9, gerando uma série de questionamentos sobre a Boeing ter, de fato, consertado todos seus problemas.

Agora, mais informações tem surgido sobre o caso. O jornalista Dominic Gates, do Seattle Times, apurou que esta falsa porta é prendida por um plugue e que este é preso à fuselagem por 4 parafusos.

Teria ocorrido algum problema envolvendo a fixação da peça com a fuselagem, podendo ter sido falha de algum material ou até mesmo má fixação, mas que o problema em si teria origem na Spirit AeroSystems, que é de fato a empresa que monta a fuselagem de todos os 737 do mundo.

Nos últimos anos, esta empresa que fica no Kansas e entrega de trem as fuselagens para a Boeing, teve vários problemas de controle de qualidade, entregando peças fora da conformidade até para a Airbus, outra grande cliente da empresa.

Segundo Gates informa, funcionários da Boeing apontaram para um consultor independente que um lote que veio da Spirit estaria com esse problema, que não foi detectado pela fabricante de Seattle.

Inclusive, os pilotos da Alaska Airlines que voaram a mesma aeronave nos dias anteriores ao acidente relataram à companhia previamente sobre avisos momentâneos e repetitivos de perda de pressurização, indicando que a porta estava começando a se soltar.

As informações ainda são preliminares mas podem apontar para um caso isolado e específico, já que aconteceu com um avião recém entregue e deve afetar apenas os últimos 737 MAX 9 que foram recebidos pelas companhias aéreas de todo o mundo.

Fonte: Aeroin