Professor do IF Goiano é único brasileiro finalista no “Nobel da Educação”

O Global Teacher Prize, maior premiação de Educação do mundo e conhecida como “Nobel da Educação”, divulgou a lista dos 50 finalistas da edição 2021. Entre os cinquenta nomes divulgados, apenas um brasileiro foi selecionado: Greiton de Azevedo, 30 anos, professor do IF-Goiano, Campus Avançado de Ipameri (GO).

A proposta do prêmio é reconhecer o professor que realizou a maior contribuição à sua profissão e promover a troca de ideias entre educadores do mundo inteiro. O foco do Teacher Prize são professores e gestores que cumprem carga horária mínima de 10 horas semanais e que tenham trabalhado com alunos com idades entre 5 e 18 anos (o equivalente à Educação Básica no Brasil).

O projeto vencedor recebe US$ 1 milhão (equivalente atualmente a R$ 5,25 milhões), que é pago em parcelas como compromisso de que o docente permaneça em sala de aula nos cinco anos seguintes à premiação e continue contribuindo em sua profissão.

Greiton de Azevedo, do IF-Goiano – Campus Avançado de Ipameri (GO), atualmente tem 30 anos, mas queria ser professor de matemática desde os 13 anos de idade e foi ridicularizado por seus colegas de escola por querer conseguir um emprego mal remunerado e de baixo prestígio no Brasil, onde o país pontua mal em testes internacionais como o PISA, para a disciplina. Mas Greiton tinha a missão de um homem só mudar isso, contribuir com a educação, matemática e com os alunos que a enfrentam em sala de aula, por considerar essencial para o exercício da cidadania global.

Para fazer a diferença na vida dos alunos, primeiro ele investiu em seu treinamento e, em seguida, em sua pesquisa sobre a combinação criativa de disciplinas científicas e tecnológicas para criar a matemática estudantil adequada ao século XXI. Ele usou sua experiência de ensino de 11 anos para impactar um aprendizado de matemática mais amplo e responsável em milhares de alunos, indo além dos muros da escola.

Por exemplo, em 2014 ele ingressou em uma escola pública municipal carente, marginalizada e em uma área de violência, onde idealizou seu projeto Mattics com alunos. Combinando conhecimentos de matemática, robótica e jogos digitais, as aulas têm a tarefa de criar aplicações que beneficiem a sociedade, como produtos de baixo custo voltados para o tratamento de sintomas de doenças como o Parkinson, dando assim mais sentido e contexto ao estudo da matemática.