Senador Kajuru diz que John Textor apresentou indícios fortes de manipulação de resultados no futebol brasileiro

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Presidente da CPI no Senado que investiga manipulação de resultados no futebol brasileiro está otimista quanto às investigações que só estão no início

A CPI da Manipulação de Resultados no futebol brasileiro começou pra valer nesta segunda-feira, 22/04. O presidente da comissão, senador Jorge Kajuru (PSB-GO) se mostrou extremamente otimisma quanto a chegar a resultados práticos após o fim das investigações.

No primeiro dia de funcionamento com depoimentos, a CPI ouviu o dono da SAF do Botafogo, o norte amricano John Textor, que apresentou as evidências que possui em uma sessão secreta no Senado, com parlamentares e manteve as investigações na CPI das manipulações de jogos e apostas esportivas vivas. Os parlamentares levantaram que há indícios suficientes para buscarem mais provas a partir de depoimentos de outras pessoas.

Para o senador Kajuru ainda é cedo para dizer que Textor apresentou provas, mas sim indícios contundentes de que a corrupção no futebol brasileiro é real:

Nós chegamos a uma conclusão simples e objetiva. Tivemos conhecimento a diversos indícios, não queremos falar em provas. Foram indícios importantíssimos. Não quero dizer que participamos de uma conversa de uma hora, teve muito conteúdo. Foi prazeroso, a gente só tem que agradecer a toda equipe, muito bem qualificada. Não se tratou apenas do CEO do Botafogo trazer indícios do Botafogo, ele mostrou outros jogos, outras imagens. Temos indícios suficientes para investigar independentemente quem nos interesse em próximas reuniões”.

John Textor foi o primeiro convidado a depor por causa das declarações recentes. No início do mês, o executivo afirmou que “tem provas de que o Palmeiras vem sendo beneficiado por dois anos” e acusou cinco jogadores do São Paulo de terem manipulado a goleada sofrida para o Alviverde no Brasileirão do ano passado.

Após mais de uma hora de sessão aberta, marcada praticamente por perguntas de Romário (PSB-RJ) ao norte-americano, todos os envolvidos foram para uma reunião secreta, longe de câmeras, imprensa e celulares. O ex-atacante, vale ressaltar, não participou do encontro por um problema de saúde, mas foi representado por um assessor. Textor mostrou todas as evidências que possui, revelando nomes que supostamente estariam envolvidos em manipulação de resultados. Além disso, também mostrou jogos, baseados em mais de 180 páginas de relatórios da empresa francesa “Good Game!”, que poderiam ter passado por influência.