“Sou inocente. Mas se for para tirar a dor desses pais, que me condenem”, diz auxiliar da banda que tocava na Boate Kiss

Segundo réu a ser ouvido no caso da Boate Kiss, Luciano Augusto Bonilha Leão afirmou que a luta dos pais das vítimas é “legítima”, e, apesar de declarar-se inocente, ele disse estar pronto para ser condenado se o objetivo for atenuar a dor das famílias. Luciano era o auxiliar da banda Gurizada Fandangueira e foi quem acionou o artefato pirotécnico que iniciou o fogo na casa noturna.

“Tenho consciência tranquila [de] que não foi meu ato que tirou a vida desses jovens. Mesmo eu sabendo que sou inocente, que sou uma vítima, se for pra tirar as dor dos pais, eu estou pronto, me condenem”, declarou Leão, diante do tribunal do júri.

De acordo com Luciano, a banda já havia feito ao menos nove shows com artefatos pirotécnicos, incluindo duas apresentações com fogos na Kiss. No entanto, ele afirmou não saber que o teto do palco havia sido rebaixado e revestido de espuma. Para ele, acreditava-se que tudo era “seguro”.