O Paraguai exigiu a saída do pessoal diplomático venezuelano do país depois que Caracas rompeu relações com Assunção pelo apoio do presidente Santiago Peña ao opositor Edmundo González Urrutia, que afirma ter vencido Nicolás Maduro nas eleições de julho. A informação foi divulgada pela presidência paraguaia hoje (6). O governo paraguaio “exige que o embaixador Ricardo Capella e o pessoal diplomático acreditado no Paraguai abandonem o país nas próximas 48 horas”, diz o comunicado, que “ratifica o firme e contundente apoio do Paraguai ao direito do povo venezuelano a viver em uma democracia”.
O governo da Venezuela decidiu romper relações com o Paraguai, a quatro dias da posse presidencial no país ainda cercada de incertezas. A decisão foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do país mais cedo. Em nota, a chancelaria venezuelana criticou as recentes declarações do presidente do Paraguai, Santiago Peña. Ontem (5), o mandatário paraguaio conversou por telefone com o opositor de Maduro, Edmundo González, e a líder de fato da oposição venezuelana, María Corina Machado. Durante a chamada de vídeo, Peña prestou apoio à González, que promete voltar para a Venezuela e assumir a presidência na próxima sexta-feira (10), apesar da Justiça local ter oferecido uma recompensa de US$ 100 milhões por sua captura.
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