Vice-líder do governo fala em “limpar as Forças Armadas”

O vice-líder do governo no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), falou em “limpar das Forças Armadas” e afirmou: “Finalmente, a polícia começa a investigar os militares”.

A manifestação do parlamentar vem após deflagração da Operação Tempus Veritatis pela Polícia Federal, nesta quinta-feira, 8, que mira uma organização criminosa que teria atuado em uma na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

“É preciso limpar das Forças Armadas aqueles que ainda acreditam que é possível restabelecer no país uma ditadura militar. São maçãs podres! É preciso punir com rigor todos os militares da ativa ou da reserva que participaram, organizaram e financiaram a tentativa de golpe. O Estado não pode ter no seu quadro pessoas que atentam contra a democracia e as instituições”, registrou o vice-líder nas redes sociais.

Zarattini também comemorou a ação contra as Forças Armadas ao afirmar: “Finalmente, a polícia começa a investigar os militares fascistas que ajudaram na tentativa de golpe de estado em 8 de janeiro”.

Resposta do Exército

O Exército Brasileiro se manifestou em nota sobre a Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal deflagrada na manhã desta quinta-feira, 8, que teve entre os alvos integrantes das Forças Armadas. Disse que “acompanha a operação” e prestará informações necessárias.

“O Centro de Comunicação Social do exército informa que o Exército Brasileiro (EB) acompanha a operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (8 de fevereiro de 2024), prestando todas as informações necessárias às investigações conduzidas por aquele Órgão”, diz a nota.

Militares alvos da operação

No total, 16 militares das Forças Armadas aparecem nas investigações. Entre os que foram alvo da Operação Tempus Veritatis estão o coronel do Exército Mauro Câmara, o almirante Almir Garnier Santos e o general Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira.

De acordo com as apurações da PF, os militares atuaram principalmente em duas frentes. A primeira seria a “produção, divulgação e amplificação” de fake news sobre a lisura das eleições, incitando outros militares a aderirem a ideia de um golpe de estado.

Fonte: O Antagonista