A revolta da população com a privação de liberdade, em um ambiente de completo isolamento devido ao novo surto da Covid, tem levado as autoridades chinesas a atos extremos e desesperadores para qualquer um que ouse tirar um simples “print” de celular. Em grandes cidades, como Xangai, a polícia tem verificado aleatoriamente celulares nas ruas ou no metrô, com o objetivo de força-las a remover imediatamente aplicativos como Telegram, Twitter ou Instagram.
Se está difícil para se comunicar por aplicativos externos, imagine então os locais. Shengsheng Wang, advogada que presta assistência jurídica a mais de 20 manifestantes de várias partes da China, relata que ela mesma foi temporariamente proibida de enviar mensagens em grupos ou compartilhar seu status no aplicativo de mensagens chinês WeChat. Trata-se de uma plataforma de rede social chinesa usada por mais de 1 bilhão, com os números acentuando após um incêndio mortal em 24 de novembro na cidade de Urumqi, no noroeste do país. Devido ao confinamento por “Covid Zero”, socorristas não tiveram acesso livre ao local.
As autoridades chinesas mantêm um controle rígido da internet do país por meio de uma operação de censura complexa e multifacetada que bloqueia o acesso a quase todas as notícias e mídias sociais estrangeiras e bloqueia tópicos e palavras-chave considerados “politicamente sensíveis” ou prejudiciais ao regime do Partido Comunista Chinês, relata a rede AP. Com imagens sendo divulgadas diariamente sobre o caos que se instalou na China devido à forte repressão das autoridades, as pessoas estão sendo advertidas para não usarem o Telegram, uma das plataformas mais ativas nesse seguimento de notícias.
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