Assassina da Família Manson pode ser a primeira a deixar a prisão

Leslie Van Houten, hoje com 73 anos, pode ser a primeira mulher que fazia parte da seita liderada pelo criminoso Charles Manson a deixar a prisão. Leslie foi julgada pela primeira vez em 1971 por um assassinato cometido em agosto de 1969. Na Justiça, ela contou que esfaqueou cerca de 15 vezes a barriga da mulher de um empresário, limpou suas digitais de objetos que poderiam incriminá-la e queimou as próprias roupas depois do crime.

Leslie foi condenada à prisão perpétua, e agora, após 53 anos presa, pode deixar a prisão para cumprir pena em liberdade condicional, já que a Suprema Corte da Justiça da Califórnia decidiu que ela atende as condições.

Conforme a juíza Helen I. Bendix, “Leslie Van Houten tem apresentado esforços de reabilitação extraordinários, perspicácia, arrependimento, planos realistas de liberdade condicional, apoio da família e amigos, além de relatórios institucionais favoráveis.

Leslie já afirmou ter se arrependido por participar do crime. Na época, ela relatou estar com problemas mentais que eram agravados pelo uso de LSD e que acreditava que Charles Manson era Jesus Cristo.

Charles Manson

Morto na prisão em 2017, Charles Manson é um dos criminosos americanos mais notórios de todos os tempos. Em 1971, foi condenado à pena de morte, mas a sentença foi posteriormente comutada para prisão perpétua, junto com quatro de seus seguidores pelo sangrento massacre de agosto de 1969, no qual sete pessoas morreram.

Entre as vítimas desse massacre estava Sharon Tate, esposa do diretor Roman Polanski, então grávida de oito meses e meio.

O “guru” psicopata que na década de 1960 formou uma comunidade no deserto da Califórnia, conhecida como a Família Manson, considerava-se a reencarnação de Cristo.

Apresentado durante seu julgamento como um louco solitário com impressionantes poderes de persuasão, Manson ordenou que seus seguidores matassem aleatoriamente habitantes de bairros brancos e elegantes de Los Angeles, na esperança de iniciar uma guerra racial – na qual ele achava os brancos sairiam vitoriosos.