O clima eleitoral já é visível. No primeiro evento do ano no Palácio do Planalto, ontem (12), o presidente Jair Bolsonaro não poupou críticas ao oponente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sobrou até mesmo para a possível aliança entre o ex-presidente da República e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido). “Quando se fala que não tinha corrupção no passado, porque ‘eu saí da cadeia e voltou a estaca zero’, tinha corrupção. Dos R$ 100 bilhões que a Petrobras pagou de dívidas no ano passado, R$ 6 bilhões vieram de dinheiro de acordo de leniência e devolução por parte de delatores. Um só delator devolveu R$ 100 milhões. Da onde vem essa grana? E querem reconduzir a cena do crime o criminoso juntamente com Geraldo Alckmin? É isso que queremos para o nosso Brasil? Três anos de governo. Três anos na frente desse navio. Mas com dois anos de mar revolto”, disse Bolsonaro.
O presidente ainda falou que não pode interferir na Petrobras e que isso ocorreu depois dos escândalos de corrupção na estatal. “Agora há pouco críticas. Aumento no preço do combustível. Eu posso interferir na Petrobras? Eu posso ligar para o Sílvio Luna e falar ‘não aumente’, se tem legislação, quase uma dezena de instituições que fazem o acompanhamento de tudo que lá? E isso tudo mudou depois que ela [a Petrobras] foi assaltada”, acusou.
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