Empresa aérea defende comissária que pediu para passageiro alérgico desembarcar do avião

Uma comissária recebeu apoio da Delta Air Lines durante um processo movido por uma família de um passageiro alérgico. O caso está sendo movido desde julho por Deena Gianulis Castro e Deborah Gianulis, pais de um menino de 14 anos que tem alergia a amendoim.

Em outubro do ano passado, eles embarcaram num voo da American Airlines de San Diego para Nova York, para poderem viajar para um casamento de um familiar. Durante o check-in e antes de embarcar eles informaram aos funcionários de solo que seu filho tinha alergia e pediram para que não fosse servido amendoim.

Segundo alegam no processo, a instrução foi compreendida pelos funcionários, que afirmaram que já tinham avisado à tripulação sobre o fato e que não seria servido nenhum amendoim em voo.

No entanto, logo após embarcarem foram servidos a eles e aos outros passageiros amêndoas como aperitivo inicial do serviço de bordo. Eles informaram que não poderia ser servida esta comida pela reação alérgica do seu filho.

O casal alega no processo que a comissária saiu e retornou logo em seguida, falando que fez uma pesquisa na internet e que constatou que esse tipo de alimento não causa alergia em voo. Segundo reportado no site Allergic Living, a comissária ofereceu a eles desembarcarem, caso estivessem se sentido desconfortáveis, o que acabou acontecendo.

Por isso, a família decidiu processar a Delta, pedindo reembolso dos valores gastos e uma multa para a companhia aérea por não ter tratado da situação adequadamente, já que eles já tinham viajado antes pela companhia e o pedido de não servir amendoins e similares foi seguido.

A Delta, por sua vez, afirmou que os funcionários de solo não são responsáveis pelo serviço de bordo e não podem garantir que algo seja ou não servido, e que a comissária agiu corretamente oferecendo o desembarque deles.

A companhia aérea também afirmou que, apesar de se esforçar para fazer um voo confortável e acessível para todos, não pode garantir que não tenha nada de amendoim nos voos ou proibir outros passageiros de levar o produto ou abri-lo a bordo.

O processo ainda está correndo na justiça americana. Um caso similar de desembarque por amendoim aconteceu no Brasil.

Fonte: Aeroin