Ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara é preso pela PF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, por tentativa de obstruir a investigação sobre o golpe de Estado. A medida já foi cumprida e o réu já se encontra sob custódia da Polícia Federal (PF).

Moraes também decidiu instaurar um inquérito contra Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz, que informou ter conversado com o tenente-coronel Mauro Cid sobre o seu acordo de delação.

De acordo com Moraes, ambos tentaram obter dados sigilosos relativos ao acordo de colaboração premiada de Cid – o mesmo motivo que levou à prisão preventiva do general Walter Braga Netto.

Como colaborador, Cid não poderia ter conversado sobre sua delação, que tem cláusula de confidencialidade. Além disso, os investigados estavam proibidos de conversar entre si, mesmo que por meio de intermediários.

Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, ontem (17), Kuntz disse que conversou com Cid via Instagram porque foi procurado por ele — e não o procurou — e porque estava fazendo uma “investigação defensiva”, para defender os interesses de seu cliente, Marcelo Câmara.