A Justiça de São Paulo liberou três acusados de incendiar a estátua de Borba Gato, em Santo Amaro, zona sul da capital paulista. A revogação da prisão preventiva foi determinada pelo juiz da 5º Vara Criminal Eduardo Pereira Santos Júnior. O magistrado também aceitou a denúncia contra o trio por incêndio, associação criminosa e adulteração da placa do veículo usado na ação. Eles deixaram a prisão na noite de ontem (10).
No dia 24 de julho, conforme informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo e imagens divulgadas nas redes sociais, um grupo de pessoas cercou o monumento com pneus e ateou fogo. A ação foi reivindicada pelo grupo Revolução Periférica.
Em publicações nas redes sociais, o movimento questiona a homenagem ao bandeirante Borba Gato devido a participação, no século 17, na perseguição a negros e povos indígenas. “Por que você acredita que a estátua de um genocida, estuprador, senhor de escravos, tem que estar lá?”, pergunta Paulo Roberto Lima em um dos vídeos divulgados pelo grupo. Conhecido como Galo e pela atuação na greve dos entregadores de aplicativos, o militante foi um dos presos por participação no incêndio.
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