Não mudarei meu posicionamento, diz aluno hostilizado em escola por defender agronegócio

Em entrevista ao Canal Rural, o estudante Vittorio Furlan Vieira, de 18 anos, falou sobre o episódio em que foi repreendido pelo professor depois de defender o agronegócio durante palestra de da líder indígena Sonia Guajajara.

Segundo Vieira, que estuda na escola Avenues, em São Paulo, o tema da palestra era “Gender Equity” (equidade de gênero). No entanto, durante sua apresentação, a indígena teria feito críticas ao agronegócio e defendido a tomada de terra privada.

O estudante diz que não se dirigiu ao professor Messias Basques, que o teria destratado após questionar o teor da apresentação.

“Em nenhum momento eu falei com o professor. Eu fiz a pergunta para a Sonia”, conta. Segundo Vittorio Furlan Vieira, em nenhum momento da pergunta ele faltou com respeito. “Eu posso ter sido imaturo, mas não desrespeitoso”, afirma.

“A minha maior indignação foi no momento em que ela [Sonia] começou a falar sobre a distribuição de terra para as pessoas e os indígenas. Isso me incomodou profundamente, essas terras têm donos”, disse.

Segundo o estudante, a família dele vem da agropecuária, além de ter vários amigos que têm pais trabalhando no setor. Ele também conta que está começando a empreender na área. “Estou fazendo uma startup, uma fintech do agronegócio. Eu tenho conhecimento na área, e eu gosto bastante”.

Vieira disse que não se sentiu intimidado pela situação. “Os princípios formam o caráter e isso eu não vou mudar”. De acordo com Vieira, seus pais teriam ficado indignados com o episódio, mas ele não falou sobre medidas que pretendem tomar.

O professor Messias Basques foi procurado pelo Canal Rural, mas não foi encontrado para conversar sobre a situação.

Fonte: Canal Rural