PF prende influencer Buzeira em SP e encontra arsenal em mansão

A Polícia Federal (PF) encontrou um verdadeiro bunker de armas na casa do influencer Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira. Ele foi preso na manhã de hoje (14) durante uma operação que apura um esquema de lavagem de dinheiro ligada ao tráfico internacional de drogas em quatro estados. Segundo o Comando de Operações Táticas (COT), da PF, as armas estavam na mansão do influencer no município de Igaratá, no interior de São Paulo, onde ele foi encontrado pelos agentes federais. O quarto era de difícil acesso.

Com 28 anos e mais de 15 milhões de seguidores no Instagram, Buzeira ficou famoso nas redes sociais promovendo rifas e sorteios de carros, artigos de luxo e outras ações promocionais. O influencer também é conhecido por ostentar carros de luxo, joias, relógios caros e até helicópteros.

Em junho deste ano, o influencidor foi citado no relatório final do inquérito policial do caso ‘VaideBet’, que aponta que o ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, teria “dívidas” por campanhas de eleições para o clube, com doações de empresários de jogadores, influenciadores e um agiota.

Amizades

Buzeira é amigo do rapper carioca Oruam, classificado pela Polícia Civil do Rio como alguém de “alta periculosidade”. Na época da prisão de Oruam, Buzeira foi um dos influencers que compartilharam a campanha de libertação dele.

Bets e tráfico internacional

A ação da PF, realizada hoje, tem o objetivo de cumprir 11 mandados de prisão ao todo (1 na Alemanha) e 19 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.

As investigações da polícia indicam que o grupo criminoso alvo da operação usava técnicas sofisticadas de lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras em criptomoedas e envio de capitais de um país para outro. As ações eram feitas para ocultação da origem ilícita dos valores e dissimulação patrimonial.

A corporação investiga ainda que parte dos valores movimentados teria sido direcionada para estruturas empresariais vinculadas ao setor de apostas eletrônicas, conhecidas como Bets. Além dos mandados, também há o bloqueio de bens e valores, que somam mais de R$ 630 milhões.