A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta terça-feira (1º) que a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) concluiu o segundo inquérito contra Jairo Souza Santos Junior, o vereador Dr. Jairinho, por torturar uma criança. Na época do crime, a vítima tinha 3 anos de idade. Segundo a polícia, a mãe do menino era amante do acusado e foi indiciada por omissão e tortura imprópria. Os dois vão responder também por falsidade ideológica, por terem prestado informações falsas ao hospital.
A investigação durou menos de dois meses e comprovou a tortura com base no Boletim de Atendimento Médico, em documentos e depoimentos de testemunhas, da vítima e da irmã do menino. Segundo a polícia, os relatos apontam que a criança sofreu sufocamento com saco na cabeça e pisões no abdômen. Também teve uma grave fratura de fêmur, causada por uma tentativa de fugir do agressor, saindo do carro.
Nos documentos analisados pela delegacia, uma psicóloga do hospital em que o menino foi atendido relata que ele chorava e não queria entrar no veículo em que se acidentou. O casal alegou que a fratura e demais lesões teriam sido causadas por um “acidente automobilístico”, ou seja, passaram informação falsa para inclusão em documento público.
Os médicos registraram que o menino tinha, ainda, hematomas na bochecha e assaduras nos glúteos, o que comprova outras agressões sofridas no mesmo dia. A mãe da vítima continuou vivendo em um imóvel que pertencia a Jairinho e não comunicou os fatos às autoridades, além de ter permitido que a criança saísse sozinha com o agressor em outra ocasião.
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