A jovem Livia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, que morreu após um encontro com o jogador Dimas Cândido de Oliveira, de 18, da categoria sub-20 do Corinthians, morava com os pais e era estudante de enfermagem.
Livia era filha do policial militar aposentado Rubens Chagas Matos, 54, que serviu mais de 30 anos nas tropas da corporação. A casa da família fica na região da Penha, na zona leste da capital paulista.
Em depoimento na delegacia, o PM contou que a filha tinha falado para a família que iria sair com uma amiga, também filha de policial, que é conhecida como “Campos”. Ela saiu de casa por volta das 17h30 de terça-feira (30/1).
Segundo a jovem falou aos pais, ela e a amiga iriam a um restaurante para assistir ao jogo do Corinthians, que enfrentou o São Paulo naquela noite, em clássico válido pelo Campeonato Paulista.
A jovem, no entanto, foi se encontrar com Dimas no apartamento do jogador, no Tatuapé, bairro que também fica na zona leste. À polícia, ele contou que Livia passou mal durante uma relação sexual e desmaiou.
Sangramento
A jovem apresentava um sangramento na vagina, provocado por um corte de aproximadamente 5 centímetros.
De acordo com Dimas, ele chegou a ligar para o Samu e foi orientado a fazer massagens cardíacas até a chegada da equipe médica. Também afirmou ter acompanhado o resgate da jovem na ambulância.
A estudante foi socorrida no Hospital Municipal do Tatuapé e morreu após ter quatro paradas cardíacas. O médico não soube responder o que poderia ter provocado o corte e disse que o corpo passaria por exame no Instituto Médico Legal (IML).
Dimas foi ao hospital sem camisa ou documento. Lá, também se encontrou com o pai de Lívia. Na delegacia, o PM relatou que o jogador não teria demonstrado preocupação com Livia e que eles chegaram a discutir. Uma viatura da PM foi acionada para intervir.
Depoimentos
O pai disse, ainda, que a jovem não usava drogas e não tinha o hábito de ingerir bebidas alcoólicas.
Já o jogador informou ter conhecido a estudante pelo Instagram e que os dois marcaram o primeiro encontro naquela ocasião. A jovem teria ido sozinha até o apartamento e foi recebida por ele no portão.
Dimas também afirmou que os dois não fizeram uso de álcool ou de outras drogas, mas que a jovem estaria com dois cigarros eletrônicos. Ela teria passado mal durante a segunda relação sexual.
Ainda de acordo o jogador, a irmã da estudante teria dito que Livia usava remédio para ansiedade e havia tomado uma cerveja à tarde, antes de encontrá-lo.
O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa do jogador. O espaço está aberto para manifestação.
Em nota, o Corinthians informou estar “ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base”. O clube acrescentou que “aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias”.
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