Fim do período chuvoso derruba preços de hortifruti na Ceasa Goiás

Motivado também pelo fechamento do comércio, alguns produtos alcançam redução significativa de preços. Inverno rigoroso pode implicar em altas futuras

Com a reabertura do comércio na quarta-feira da semana passada (31/03), cresceu a perspectiva de aquecimento do mercado atacadista de hortifruti na Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa), haja vista a volta das feiras livres e o funcionamento de bares, lanchonetes e restaurantes, o que levou ao crescimento da demanda. Porém, antes da retomada do comércio, a Ceasa já contabilizava baixa nos preços de alguns produtos, devido à estabilização do clima e à redução dos índices de chuvas, no fim de março.

O começo de 2021, que na região coincide com o auge do período de chuvas, trouxe grande instabilidade nos preços, principalmente dos legumes. Naquele mês registrou-se na Ceasa preços inéditos, sempre num patamar superior. O grande vilão foi o  pepino colonião, que chegou a ser vendido a R$ 200 a caixa de 22kg. Pela mesma quantidade do pepino comum, pagou-se R$120; o preço da banana prata também teve alta expressiva, chegando a R$65 a caixa de 15 kg, e da banana maçã, vendida a R$120,00. Itens como a batata inglesa foram vendidos, na pior alta, a preços acima de R$200, surpreendendo comerciantes e consumidores.

Retração nos valores

Já ao longo de março, apesar da alta ter sido mantida em fevereiro, observou-se uma retração dos valores, O pepino baixou de R$200 para R$70 a caixa; a banana maçã, de R$ 120 para R$ 70, sendo que a tendência se verificou também em relação aos demais produtos cujos preços dispararam no tempo das águas. Em março, o fechamento do comércio motivou ainda uma oferta maior que a demanda, o que derrubou mais os preços.

Com o novo fechamento, dentro do esquema 14 por 14, proposto pelo governador Ronaldo Caiado para conter o avanço dos casos de Covid-19, e que neste mês ocorrerá de 12 a 25, a tendência, segundo o gerente da Divisão Técnica da Ceasa Goiás, Josué Lopes Siqueira, é que os preços se mantenham em estabilidade, voltando a subir somente caso o frio chegue de forma mais rigorosa, o que pode comprometer a produtividade de itens mais sensíveis.

Ele acredita, entretanto, que altas como as que se verificaram no começo do ano não devem se repetir, à medida que o inverno avance.

“Nesse caso podemos ter como esperado, mas dentro de uma normalidade, o preço dos chamados ‘produtos verdes’, ou seja, chuchu, abobrinha, pimentão, entre outros, mas tudo dentro da expectativa esperada em cada ano”, conclui o gerente.